quarta-feira, julho 05, 2006

Trago boas e más notícias, Don


Voltei a cuidar de meus velhos trapos. Como preciso de um feriado! E de trapos novos! É tempo de olheiras, eu sei. De que forma, diz pra mim, qual é a solução para que eu, assalariado por necesidade, viva tão somente de arte, e pela arte? Besta é quem pensa nessa possibilidade. Acho que sou um bestalhão desses. Precisaria, para tanto, de um pai que me bancasse, de uma caixa forte no quintal dos fundos. Ou uma ama de leite, com muito leite. Não faz-se o caso. Trabalhar para explorar as potencialidades. Bobagem. Russeau levou uma vida para pensar nisso e olha só no que deu?. Em mim!
Aonde quero chegar? Simples: mesmo com tanta falácia bonita por entre os cantos, por mais que eu mostre ser mais - dia após dia -, concluo que a necessidade do dinheiro nesta vida biruta me faz sentir um pouco acima de um contínuo. O resto é ilusão, fetiche, confete. E não quero revolucionar, já te digo de início. Não sou de bagunçar o coreto. Nunca fui, oras.
Trago boas e más notícias, Don. As boas, são as de sempre. As piores, são as de hoje.


obs - O nome desta postagem é uma homenagem a um dos grandes grupos da cena paulista de rock dos anos 80: Akira S e as garotas que erraram. Refere-se ao nome de uma das grandes músicas do grupo, de nome homônimo.

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