sábado, julho 08, 2006

Homem de instante

Toma
Assume e corrige!
Não troca a conversa por tragos
Não mata o assunto nos goles
A morte não será amanhã
A vida, pode ser que talvez

Menino
Não julga a falha em negrito
Se em todas as fossas sozinhas
Um querer não parece ideal
Recusa!

Arruma
Esquece da música lenta
Esqueça de olhar só olheiras
O espelho lhe dá outras coisas, irmão
Não declina
não mece demais os sapatos
Nem julgue os outros do lado
É vida (e a vida engole os dias)

Vai possuído,
Nesse sono quebrado
Pra quê averiguas os fatos!
besteira!
Bobagem!
Enxuga esse trauma
A madrugada é um insulto deitado
Um pomar de mil mágoas
Decida se têm
Quatro anos ou cem
Homem de instante!

M.N

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo poema!
A poesia é uma das coisas que gostava muito de fazer e há muito não faço, não sei se é preguiça, ou consciência pesada demais... rss
Abraço!