quinta-feira, maio 03, 2007

Condenado ao tempo contínuo

Fraco seria se meu erro crônico
Esfriasse de um jeito anêmico
A voz pariria fragmentos
E meu jeito ingênuo explodoria um verso

Eu quero é mais de mil invernos!
E a matemática de teu riso
Um marcapasso precipita o infarto
Contrariando a lógica, do que convém ser fato

Respiro prata, acho que é zinco
Acho que falta ôxigenio
Meter o meu nariz no vento
Deu nisso: arrasto o pé pela calçada
E eu vou morrer longe da sala
Nem meus meninos irão ver
- Papai se foi, foi sem querer
Abraça o velho e beija o vidro
Antiradioativo
- o caixão é alugado volta logo
Diz o menino, tamborilando o mogno

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