sábado, dezembro 09, 2006

Encorajamento por culpa e dó

Com muita felicidade guardada por trás das palavras, linguarudo que sou, fofoco sobre mim mesmo. Conto que este poema foi premiado no "II concurso literário anõnimos escritores do orkut/2006". O lugar, não me importa. Fui lembrado, lido e pronto.

Confiram:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=266647






Língua ingrata mostrada de frente
É calçada de sombra curta
Cansado vou, rangendo as solas
Provoco as grades:
esmago a palma
No ferro em solda

Sentido centro
Cai um relance
Desvio a imagem
E de toda calma
O alimento
Renasce a idéia de contratempo
Acaba-se o dia num instante
Com uma média azeda na mão,
eu digo: “camarada”.

Deixo o fusca passar
A morte acende
a coisa estúpida da alma
Venho aqui, só por estática
Refugo-me inerte,
em “com licenças” solenes
Julgo ser prata
o metal dos olhos
Deduzo reflexo, sei lá
Então, se corta a corrente
E acabo amargo,
entendendo o átimo
Num desnível de rua.

Um comentário:

Fernando Niero disse...

"Com uma média azeda, “camarada”,fuscas"....seja vintage pra ser feliz. Parabens meu chapa